AS BEM-AVENTURANÇAS NO SERMÃO DA
MONTANHA DO DIVINO MESTRE JESUS
O Sermão da Montanha, registrado no
Evangelho de São Mateus, capítulos 5 a 7, é
um conjunto de ensinamentos memoráveis
que Jesus deu aos seus discípulos. Nestes
ensinamentos, Jesus Cristo profere lições de
conduta e moral, mostrando os princípios que
regem e orientam a verdadeira vida cristã,
uma vida que conduz o homem ao Reino de
Deus, seu criador.
O sermão começou quando Jesus
viu a multidão e decidiu subir a um monte
para ensinar: (Mateus 5:1-2)
- “Bem-aventurados os pobres de
espírito, porque deles é o Reino dos
Céus”;
- “Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados”;
- “Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra”;
- “Bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça, porque serão
saciados”;
- “Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia”;
- “Bem-aventurados os puros de
coração, porque verão a Deus”;
- “Bem-aventurados os Defensores
da Paz, porque serão chamados filhos de
Deus”;
- “Bem-aventurados os que são
perseguidos por causa da justiça, porque
deles é o Reino dos Céus”;
- “Bem-aventurados sereis quando
vos caluniarem, quando vos perseguirem
e disserem falsamente todo o mal contra
vós por causa de Mim’;
“Alegrai-vos e exultai, porque será
grande a vossa recompensa nos céus, pois
assim perseguiram os profetas que
vieram antes de vós”;
Este é o célebre Sermão da
Montanha, ensino fundamental de vida com
Cristo Jesus que constitui a essência do
Espírito do Evangelho de Nosso Senhor.
Nele, temos o código da moral mais
sublime, que contêm preceitos comuns para
todos os conselhos da mais alta perfeição,
reservados às almas mais generosas. Jesus
não fala como simples Mestre, mas como
educador supremo, aos quais todos, sem
exceção e sem reservas, são chamados a
obedecer.
Nosso Senhor não veio anular ou
modificar a lei de Moisés, mas aperfeiçoá-la,
transformá-la e completá-la em todos os
sentidos. É o que Ele vem fazendo através da
Santa Vó Rosa, do Santo Irmão Aldo e de
nossa Igreja Apostólica: ensinar, completar e
revelar o que faltou e dar o perfeito
entendimento e a razão de ser das dúvidas
existentes em diversos pontos da fé cristã.
Portanto, o Consolador não veio para
suprimir estes ensinos preciosos, e sim para
revelar e completar a vontade de Deus e de
Jesus para os tempos atuais e como preservar
a fé, o amor e a santidade de filhos de Deus.
Este Sermão da Montanha exige não só
a sua observância exterior e material, mas,
sobretudo a caridade, que é a essência da
nova lei. As bem-aventuranças, paradoxo
sublime, em pleno contraste da maneira de
viver do mundo com a vida com Deus,
constituem o código da verdadeira felicidade.
Os pobres de espírito não são os pobres
de bens, nem os pobres que não se
conformam com o seu estado, mas os
humildes que reconhecem sua dependência
total de Deus seu criador. Ser pobre de
espírito é entender que sozinho você é
pobre (Salmos 40:17). Toda sua vida
depende de Deus. Sem Ele, não há vida. Seu
sustento e sua segurança não dependem
apenas de seu esforço, mas de Deus e de seus
Santos.
Os mansos são aqueles que, resignados
à vontade divinas, suportam com paciência as
adversidades e conservam a mansidão.
Possuirão a terra, quer dizer participar
do reino do Messias e de todas as bênçãos
deste reino para a sua vida material, enquanto
viver no seu corpo físico nesta terra.
A justiça de que se fala, consiste em
fazer sempre a vontade de Deus, inclusive nas
provações inevitáveis da vida.
Os misericordiosos não são somente os
que dão esmolas, mas, em geral, os que têm
sentimentos de compaixão para com os aflitos,
portanto, para com o seu semelhante seja ele
quem for.
Os limpos de coração são os que têm a
alma livre de pecados e afetos desordenados e
carnais. Portanto, é o santificado, como
ensinamos em nossa doutrina e disciplina
sobre a santificação e consagração.
Perseguidos por causa da Justiça, são os
que possuem em suas almas o firme desejo de
fazerem somente o bem, pôr em ação as
sublimes virtudes do Espírito de Deus e vivem
a doutrina do Evangelho do Reino dos Céus,
ensinados por Jesus através da Santa Vó Rosa,
o Consolador e do Santo Irmão Aldo, Pastor e
Profeta por excelência.
As Bem-aventuranças revelam também
o carácter das pessoas que pertencem ao
Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir
este carácter exemplar.
A seguir, de maneira particularmente
direta, o Mestre Jesus procedeu à instrução
daqueles a quem transmitiria a
responsabilidade do ministério, “Vós sois o
Sal da terra e a luz do mundo”!
Jesus, através do sentido figurado de
Sal e de Luz, revela a enorme força do
testemunho e a importante função dos seus
discípulos, especialmente dos Pastores, que é
sobretudo preservar e proteger contra as
influências malignas da corrupção e da
maldade (SAL) e ajudar os homens a
conhecer, através da sua mensagem e do seu
bom exemplo de vida e fé, a doutrina dele
Jesus e do Consolador, o caminho iluminado
da salvação (LUZ).
O sal é o grande conservativo e, como
tal, tem sido de grande utilidade desde os
tempos antigos. Para ser útil, o sal deve ser
puro; para ter qualquer virtude conservadora,
deve ser sal verdadeiro e não produto de
alteração, por meio da qual venha a perder o
seu “sabor”; e sem valor algum, serviria
apenas para ser jogado fora.
Os discípulos foram especialmente
advertidos contra a mudança de fé, contra a
mistura com os argumentos para esconder a
verdade, contra pretensas filosofias e heresias,
assim descritos por Jesus: “Vós sois o sal da
terra; ora, se o sal vier a ser insípido,
como lhe restaurar o sabor? Para nada
mais presta senão para, lançado fora e ser
pisado pelos homens”. (Mateus 5.13)
Nossa vida deve ser como o sal, boas
ações têm grande sabor e efeito, por mais
pequenas que essas ações sejam. Jesus nos
chamou para fazermos a diferença no mundo,
através das boas obras. Sem o amor de Jesus,
do Consolador e do Santo Pastor, que se
reflete em nossas ações, o mundo fica sem
graça.
Depois de falar sobre o sal, Jesus disse
sobre a luz do mundo.
“Vós sois a luz do mundo. Não se
pode esconder a cidade edificada sobre
um monte; nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas
no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. Assim brilhe também
a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem
o vosso Pai que está nos Céus”. (Mateus
5.14-16)
Da mesma forma, nossas vidas devem
iluminar todos à nossa volta. Não podemos
esconder o amor de Jesus e do Consolador.
Não devemos apagar a fé e a vida do
nosso espírito, precisamos deixar que ele
brilhe em tudo que fazemos para mostrarmos
e iluminarmos o caminho da Salvação.
“A fé em Jesus (no Consolador e no
Santo Pastor) sem boas obras é inútil,
porque não faz diferença alguma”! (Tiago
2:15-17)