Boas Vindas

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sexta-feira, 30 de março de 2018

A Quinta-Feira Santa nos traz ensinamentos de amor e humildade,e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento


Reunião - 29/03/2018 - SEDE-SP


QUINTA FEIRA SANTA

A Quinta-Feira Santa nos traz ensinamentos de amor e humildade, realizados por Jesus, como o gesto do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Santa Comunhão (Eucaristia), em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. 
É a manifestação profunda do seu amor por nós! A Santa Comunhão, Ceia Pascal ou Eucaristia é a maior expressão do amor, que se exprime pelo sacrifício, presença, fé e comunhão.
 Na Ceia do Senhor, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: “Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a seus discípulos dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós” (São Lucas 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis o sacrifício como exigência do amor. O amor, além do sacrifício, exige presença.
 A Santa Comunhão é a presença real do Senhor Jesus nesta Santa Igreja Apostólica, Templo da vida e da oração dos fiéis. A fé Apostólica afirma a presença do Senhor e de nossos Santos ao nosso lado em nossas reuniões e principalmente na Santa Comunhão, não nos deixando órfãos, fazendo-nos companhia, ensinando-nos o significado da verdadeira vida de amor e solidariedade: “Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida”. Eis a presença, outra exigência do amor. O amor não só exige sacrifício, fé e presença, mas exige também comunhão. 
No diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti… que eles estejam em nós” (São João 17,20-21). A presença de Jesus na Santa Ceia é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, agir e proceder na conduta da vida. 
Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados filhos de Deus e verdadeiros irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor. A vida com Deus é amar como Jesus amou, é amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. 
Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra. Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade “dando sua vida” e amando seus inimigos no gesto do perdão: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem. ” 
A Santa Comunhão não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixou-nos o mandamento: “Façam isso em minha memória”. 
A Ceia do Senhor é um gesto de amor e caridade de Deus pela humanidade, através do seu amado filho Jesus: “Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre”. É emocionante meditarmos que Jesus não deixa apenas um testamento de palavras, mas ele mesmo se reveste de humildade e nos mostra o caminho do amor ao qual nos pede para trilhar. O texto de São João 13,1-15 conta que Jesus ceou com os seus discípulos e, logo depois da ceia, pegou a jarra e a bacia, amarrou uma toalha na cintura e se pôs a lavar os pés de seus discípulos.
 Lavar os pés é sinal de serviço, de humildade, de bem-querer. Numa época em que as pessoas caminhavam muito mais do que caminham hoje, ocupar-se dos cuidados dos pés de outra pessoa é querer muito bem a ela. É desejar profundamente que o outro siga em frente sua caminhada existencial.
E é isto que Jesus deseja de nós: que sejamos continuadores de sua obra de paz, de amor e de justiça; que não tenhamos medo nem preguiça de sermos servos fiéis; que deixemos de lado toda a arrogância e nos coloquemos como menores, atentos às necessidades de nossos irmãos e irmãs, sempre dispostos a uma vida de serviço e doação. 
“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. ” Esta é a grande herança que Jesus deixa para seus discípulos. É o testamento que um pai confia a seus filhos e filhas na esperança de que eles levem adiante sua obra. Após Jesus cear com seus doze discípulos, Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata. 
É nesta noite, quando Jesus orava no Jardim do Getsêmani, foi preso e conduzido ao sumo sacerdote Caifás, interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado.

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